sábado, 8 de setembro de 2012

A História da Cadelinha Olívia

Rio de Janeiro, 03 de setembro de 2012.



Olívia, já recuperada, três dias após o atropelamento
Nesta tarde fresca, quase fria de inverno carioca, são 15:30: após agitado começo de semana, paro no sinal para atravessar a Rua Visconde de Pirajá; estou voltando à casa de meus pais para, logo depois, retornar à delícia do lar amado em Botafogo com meus gatos e dedicado esposo. Estou, ao mesmo tempo, entretida pensando o resto dos afazeres do dia e carregando sacolas.

Enquanto aguardo o sinal abrir vejo, do outro lado da rua, aproximar-se da calçada um rapaz e, junto dele, uma cachorrinha cor de mel. Eu, incondicionalmente derretida por bichos, olhei a cachorrinha, ai que gracinha, sentadinha ao lado do rapaz que esperava o sinal abrir; pensei que ela estava com o rapaz. Notei ser um filhote, e que estava sem coleira; "mas por que será...", meus grugumilhos começaram a processar... e num momento em que os carros pararam de passar, VAPT, VUPT!, o tal rapaz, apressadinho, resolve atravessar a rua ainda com o sinal verde (como todo "bom" carioca, aliás...) e a cadelinha instintivamente seguiu atrás dele.


É nessas horas que, sem programar, a respiração da gente pára, suspensa no ar. Ao ver que  um táxi vinha em sua direção, berrei impulsivamente, tudo o que podia, fazendo sinal para que ele parasse. Meu berro deve ter assustado o taxista, pois ele freou, mas mesmo assim bateu na cadelinha que, "voando" num ângulo de mais ou menos 45 graus, deu uma cambalhota no ar e caiu no asfalto. Milagrosamente, ela se levantou e saiu correndo mancando, apavorada e ganindo.
Sem comentários...

Entrei em pânico e fui atrás, do jeito que podia. Eu e uma ótima moça, a Mila, fomos os únicos seres humanos que se interessaram em socorrer aquela que, hoje, chamamos de Olívia. Mila estava do mesmo lado que eu da calçada, esperando o sinal abrir para atravessar a rua. Juntou um certo burburinho de gente por causa do escândalo que fiz, pedindo ajuda para pegar a Olívia que estava machucada, só não sabíamos como, nem o quanto, mas ambas embrenhamo-nos atrás dela.

 E fomos atrás; Mila podia ir mais rápido e eu ia mais devagar por causa da cardiopatia e das sacolas que carregava. Olívia disparou pela Rua Jangadeiros, entrou na Antônio Parreiras e subiu pela Ladeira San Romã. E a gente perguntando às pessoas na rua: "O senhor viu uma cadelinha... uma cachorrinha cor de mel...", porque apesar de recém-atropelada, víxi... nossa santinha corria!

Eu via a Mila lá na frente subindo a ladeira, e ela lá de mais acima me via abaixo naquele sacrifício de conseguir subir. Ela me deu força para subir, e vice-versa; foi como um "elo". Na primeira curvinha da San Roman vejo a Mila apontando para baixo de um carro, onde a Olívia havia se escondido. Cheguei e conseguimos tirá-la de lá, tremendo de medo e dor. Não sabíamos por onde pegá-la, com medo de feri-la. Aliás, nem sabíamos se aquele espécime canino era macho ou fêmea.
Olívia tirando um calorzinho do meu casaco

Estavam lá, ao lado desse carro onde a cadelinha se escondeu, duas Kombis da Cia. Telefônica estacionadas, e os dois rapazes que lá estavam testemunharam esta cena. Eles nos fizeram o favor -- eu diria até a caridade, de nos levar até um local onde pudéssemos chamar um táxi (coisa que, ainda subindo a ladeira, outra Kombi de uma "certa" casa espírita da região se recusou a ajudar apesar de meus apelos em nome da cachorrinha). Assim fomos, eu e a Mila, com a Olívia no colo, para a clínica veterinária.

Foram feitos vários exames: clínico, sangue, ultrassonografia, raio-X. O veterinário, já meu conhecido há tempos, recomendou que ela passasse a noite em observação na clínica, pois ela corria o risco de ter hemorragia interna por causa do impacto, de algum vasinho se romper e não dar para ver pela ultra. Compramos os remédios pedidos e quatro horas depois do acidente, fomos para casa aguardar até o dia seguinte.

Quando fui buscá-la na Veterinária 
ela ainda estava bem magrinha
Eu pareço estar fazendo drama, mas sabe que Olívia não quebrou um osso sequer? Foi uma bênção: Chico Xavier na cabeça! Havia apenas vários arranhões pelo corpinho, mas nada grave. No dia seguinte ela estava lá, inteirinha; só estava tristinha por estar sozinha e presa lá naquela gaiola da clínica, meia dolorida ainda depois dessa aventura. Ela parecia muito assustada, arredia, mas não era só isso. Notamos que, apesar de seu pelo ser bonito e cheiroso, ela não tinha as unhas gastas (o que indicava que Olívia não passeava ou corria na rua), seu corpinho estava "pele e osso", e faminta (até o enfermeiro da clínica comentou como ela devorou a comida que lhe foi dada). Algo não fazia sentido; é claro que, seja onde estivesse antes, não era bem tratada.

No meio desse caso há muitos detalhes que não vale a pena estender. Este "drama", dramatizado pelas minhas palavras, é real e consumiu os últimos oito dias de minha vida. Só hoje, uma semana depois, estou conseguindo sentar ao computador para escrever e divulgar o caso da Olívia. Gostaria muito de ficar com ela, porém já possuo sete animais adotados, seis dos quais vieram de rua. Tudo valeu a pena, tudo eu faria de novo, e o sofrimento é grande para quem ama os animais, mas ninguém é insubstituível e há muitas boas pessoas que podem dar amor a essa anjinha, criaturinha fácil de se apaixonar.


OLÍVIA PRECISA DE UM LAR
e espera para SER ADOTADA

Olívia com a roupinha que ganhou num dia frio
O veterinário estimou sua idade em cerca de 7 (sete) meses. ELA É LINDA, dócil, companheira, alegre, muito carinhosa, está com saúde perfeita, é de porte médio (peso = 7 kg), e foi vermifugada, medicada e muito bem tratada pelas "madrinhas" salvadoras.




Requisito imprescindível para a ADOÇÃO: AMOR.


Um potinho de ração, outro de água, cafunés mis, um cantinho para dormir e muito carinho é tudo o que Olívia precisa.

Este é um caso real. Por favor, se mexam e compartilhem !!!

Obrigada,

Simone Motta Falcão

Para entrar em CONTATO comigo: 

PS: Somos, ainda, muitíssimo gratas ao auxílio 100% espontâneo e generoso das Sras. Sandra e Ana Lúcia quanto ao pagamento do tratamento na clínica veterinária BT. Nada pedimos, porém elas viram (no primeiro e segundo dia, respectivamente), o sofrimento da cadelinha e quiseram ajudar. Que Deus e nosso amado Francisco de Assis as abençoem e aos seus animaizinhos. E agradecemos também ao Dr. Jaime que, prontamente, tratou Olívia, embora a clínica estivesse cheia.





segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Bolinho de Bacalhau Crocante

Bolinhos de bacalhau à moda portuguesa com receita da Chef Berta de Castro

Ingredientes

  • 750 gramas de bacalhau
  • 1 ½ kg de batata
  • 50 gramas de salsa picadinha
  • 4 dentes de alho espremidos
  • 1 cebola grande picadinha
  • 4 colheres de amido de milho
  • 2 ovos
  • Pimenta-do-reino branca a gosto
  • Sal a gosto (se necessário)

 Modo de Preparo

  1. Cozinhe o bacalhau já dessalgado até que dê para tirar a pele, assim meio desmanchando, mas não demais. Tire a pele e as espinhas e desfie em pequenos pedaços, com a mão mesmo.
  2. Corte as batatas em pedaços e cozinhe (pode até cozinhar na própria água do bacalhau).
  3. Num bowl ou tigela, misture o bacalhau desfiado e a batata; junte a cebola, o alho, o amido de milho e a pimenta.
  4. Quando a mistura esfriar um pouco, coloque os ovos e, por último, a salsinha picada. Prove a mistura para averiguar o sal.
  5. O próximo passo é modelar os bolinhos; a forma mais fácil é usar duas colheres de sopa (como se vê no vídeo), pois além de não sujar as mãos, os bolinhos de bacalhau ficam compridinhos e triangulares, lindinhos mesmo. Você pode modelar os bolinhos e ir arrumando-os numa tábua antes de fritá-los; o importante é que eles fiquem com consistência firme o suficiente para que não grudem na tábua nem desmanchem ao fritar.
  6. Frite os bolinhos em óleo bem quente (este é o segredo para que fiquem crocantes, segundo a Chef  portuguesa Berta de Castro), escorra-os em papel absorvente e sirva a seguir com pedaços de limão (e uma pimentinha tipo Tabasco, que vai muito bem).

 Dicas
  • Vale a pena conferir o vídeo desta receita no site do Jornal Hoje para ver o passo a passo. 
  • Usei um bacalhau de qualidade "normal", pois não tem que ser daqueles “carésimos” para o bolinho ficar delicioso.
  • Misture a massa do bolinho com a mão, que é melhor.
  • Não se esqueça que o óleo tem que estar bem quente para fritar e dar aquela "crocância" nos bolinhos.
  • O rendimento é cerca de 60 bolinhos crocantes, sequinhos, lindinhos... hummm!!! Delícia!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Cachecol de Crochê em Fio Mesclado


Seja qual for o tipo de crocheteira que você é (iniciante, experiente ou "meio barro-meio tijolo"), este lindo cachecol é facílimo de fazer e se destaca especialmente por causa do fio usado: o Cisne Jackard, que é mesclado e dá um tom bem artesanal. Desta peça estou postando para vocês as fotos do cachecol que fiz, pois além da criação, toda a explicação desta receita é de Sonia Maria, crocheteira de mão cheia, muito conhecida e amada pelas fãs "internéticas" de crochê. Eu, volta e meia estou lá tietando a Sonia e procurando novas peças, técnicas e pontos para aprender. Cliquem no link e crochetem, minhas amigas. Tornar as cores sorridentes é inspirador e desestrassante. Aí vai o link da receita: http://falandodecrochet.blogspot.com.br/2012/04/cachecol-de-croche-pontos-baixos-e.html.

Todas as cores do fio Jackard são lindas. O modelo da Sonia Maria que vocês verão junto com a receita foi feito na cor 664, e o meu cachecol na cor 660. Outra coisa: aqui no Rio de Janeiro, como as lojas de armarinho estão cada mais raras, não pude achar a agulha n. 10 para comprar, então encomendei tanto a agulha quanto os novelos numa loja virtual (a Big Artes).

Claro que vocês podem usar qualquer fio para fazer esta peça, cores com ou sem mescla, mas notem que o fio escolhido seja um no qual você trabalhe bem com crochê, senão é um tal de ficar "pescando" pedaços de fio... e acaba atrasando o trabalho. Por exemplo, há alguns meses eu comprei um fio lindo azul claro, mas cadê que eu conseguia fazer crochê com ele? Eu não enxergava na hora de enfiar a agulha nas correntinhas, pois ele é meio elástico, meio buclê; lindo!, mas vai virar tricô.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Construindo...


Olá àqueles que me visitam! Estou lentamente editando e colocando novas postagens neste blog que ambiciona ser útil. Estou procurando separar os assuntos e ser objetiva nos textos, mas qualquer dica ou comentário sobre o conteúdo e organização do blog é bem-vindo.
Fato é que sou meio tagarela, e muitas vezes explico mais do que o necessário. Outra coisa é que digo muito que amo isso, adoro aquilo... isso é um exercício para o meu otimismo e a paciência de vocês. Minha boa vontade é enorme, mas a experiência é pouca, digo, praticar este novo verbo que não existia em meu dicionário: "blogar". Agora, eu blogo!
Na página das Comidinhas estou preparando para breve as receitas de Bacalhau Espiritual, Base para Fazer Qualquer Suflê, Antepasto de Abobrinha, Guacamole, Frango com Molho de Vinagre de Maçã e Bolo de Laranja (um ótimo de liquidificador).
Hoje coloquei um link para a minha página no Facebook, e foi até rápido. Adoro quando as coisas funcionam. Ainda vou adicionar e modificar muitas coisas até ficar satisfeita.
Todas essas receitas têm sido experimentadas e deliciadas há anos em minha cozinha; como adoro comer e só como o que é gostoso, posso atestar que são pratos muito acessíveis de se fazer e deliciosos. Espero que vocês gostem.
Interessante é que na árdua aventura de construir este blog, estou descobrindo muitos sites interessantes. Isso me ajuda a ficar mais estruturada na construção do blog e usar o que observo e aprendo, na construção de minhas ideias a fim de tornar este blog interessante ― um desafio! Uma coisa de cada vez, como pede o equilíbrio da vida. Paz e prosperidade a todos.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Apresentação



Olá, Bem-vindos !!! Este é um blog que, somente com o rompimento da preguiça, estou montando. Será divertido, quero crer, mas por enquanto ainda estou estressada pois na primeira tentativa de montar e formatar o blog, me embananei. Sou nova nisso e ainda estou aprendendo. Meu blog é um campo livre, um lugar onde posso experimentar, me divertir, trocar ideias e dividir com outras pessoas gostos afins. Enfim, é um blog "egoísta", porque se fosse altruísta nem pensaria em fazer um blog. Por exemplo, não vou falar de futebol, política ou novela. Quero colocar aqui fotos, textos, pensamentos, poemas; falar sobre filmes, livros,  saúde, atitudes, trabalhos manuais, culinária etc.; vai ser até meio bagunçado (Deus me livre!) se não ficar bem organizado. Aceito sugestões, humildemente, pois ainda sou "virgem" em termos de blog. Tenho uma página no Facebook mas vou logo avisando aos leitores que minhas curtições não são muito "curtidas". Isso porque minhas afinidades, meus gostos, são diferentes dos da maioria das pessoas por não serem "popularmente brasileiros". Adoro música mas pouquíssima gente conhece os meus artistas favoritos ou o tipo de música que aprecio. Os meus filmes preferidos também não são exatamente os mais populares, mas eles tem sempre algo especial no meu jeito de pensar e sentir. Gostos e cores não se discutem! Como primeira postagem, já chega, né? Resta-me um aviso, amigos e amigas: até não sei quando, ESTA PÁGINA AINDA ESTÁ EM CONSTRUÇÃO !!! Espero terminar o edifício logo. Paz no coração de todos.